segunda-feira, agosto 30, 2010

Buteco: como reconhecer um!!


Conversando, alguns dias atrás com alguns amigos, tentamos elencar algumas características, empiricamente comprovadas por nós, que possam dizer se o lugar que estamos frequentando é ou não é um buteco de verdade. E, passeando pelo Brejal encontrei um verdadeiro resumo daquilo que definimos como um buteco:

- Localização: como não são frequentados pela gente da moda, esses butecos geralmente se encontram em bairros residenciais;
-Frequentadores: são pessoas tranquilas, que estão lá com frequência. Fica sozinho somente se quiser, pois se vc sentar no balcão, com certeza terá alguém para interagir no momento sem cerimônias;
-Cardápio: normalmente não há e se vc quiser comer alguma coisa, salsicha e ovo de cordona em conserva lhe serão oferecidos - quando não trazerem aquela feijoada que sobrou da janta e te oferecem gratuitamente;
-Bebidas: basicamente cerveja. Buteco não é lugar para Drinks e se vc pedir um, lhe darão um copo de raizada, rabo de cavalo, etc;
-Ambiente: butecos geralmente são pequenos, compostos por um grande balcão e algumas mesas com marcas de cervejas. Não é um lugar para frescuras e, portanto, não observe muito a limpeza.Normalmente a assepsia, seja ela do balcão, das mesas ou das mãos da pessoa que o serviu é feita com o mesmo pano de prato pendurado no ombro. Banheiros não muito convidativos também são típicos destes estabelecimentos e há sempre um vira lata como mascote.
-Dono: Essa é a principal característica de um verdadeiro boteco. Fator decisivo na sua caracterização. Se você for a um bar e dono não estiver lá, pode esquecer, aquele não é um boteco de verdade. Porém a característica inconfundível e máxima de um boteco relacionada ao seu dono é o nome. Se o nome do estabelecimento for o nome do dono, como o Bar do Silvão na esquina de casa, ai não tem erro, você está num verdadeiro boteco.




Poderia escrever mais algumas características mais regionalizadas dum buteco, mas preciso voltar a trabalhar, caso contrário não terei grana pra pagar a conta do buteco que frequento no final do mês.

Até!

Coisas para se fazer a dois...

Quando a gente ama / Rir de orelha a orelha / Faz qualquer programa / O que der na telha
Canta até seresta / É Festa! É Festa! (É Festa: Ivan Lins)

Quando se gosta de alguém, se faz qualquer programa!

 Assistir filme num sábado a noite e tomar café da manhã (na manhã!!!!) do domingo! Durmir a tarde toda abraçado. Limpar a louça, fazer o almoço, tomar cerveja na varanda do fundo de casa!

Procurar um parque e contemplar o sol se pôr por entre as árvores verdes (ou secas, tanto faz)! E permanecer ali, por horas: ora rindo, ora em silêncio; ora compartilhando segredos importanes, ora contando piadas!!!

É um tanto mela-cueca tudo isso, mas que é bom fazer tudo isso quando se gosta de alguém, é bom!
E bom mesmo é partilhar a cerveja num butequinho qualquer...hehe!


Amor Quente
(Humberto Gessinger/ Cazuza)


Preto no branco
Amarelo, um pouco de azul
Noite estrelada
Peito feliz
Olho no olho
Pintura a quatro mãos
Tintas claras
O mesmo cigarro
Isso é amor
Amor quente
Água de coco pra dois
Porta do carro aberta
Vento morno da areia
Palavras mentirosas
Isso é amor
Amor quente
Cama de casal
Luz bem baixinha pra ver
Gemidos de dor e alegria
Sair de si por três minutos
Isso é amor
Amor quente
Supermercado, escolher iogurte
Fazer compras juntos
Brigar por besteiras
Isso é amor
Amor quente
Tomar café, banho, brisa
Champanhe, tristeza, beleza
Cremes, músicas, sucos, água
Drogas, fumo, passar perfume


Isso é amor
Amor quente

sexta-feira, agosto 27, 2010

Rapidinha - Leitura lenta...

Minhas leituras dos livros e apostilas para a monografia andam como breves consultas ao dicionário!

quinta-feira, agosto 26, 2010

Rapidinha - Correndo ao som de Raul, Dazaranha, Legião...

O melhor de tudo, no fim da tarde, é vc sair pra correr no parque e encontrar um bando de maluco sentado na grama com violão, gaita e música boa, cantando enquanto vc sua a camisa e pensa na vida.

E coisa mais boa ainda: sem pagar couvert...hehe! Já que, hoje em dia, tudo paga, é "pagado", paga-se...

Lei Seca!!

Voltando pra casa nessa madrugada, pilotando minha Kamen Rider - o nome da minha moto...hehe, vi a polícia abordando um motorista...

Se eles me parassem, na situação que eu estava, o que me consolaria???

Roubando fruta...terra não tem gosto de chocolate!

Hoje, ao meio dia, fomos roubar amora do estacionamento duma faculdade aqui da cidade. Durante os quinze minutos em que eu esticava meu braço para alcançar as melhores amoras, ali, debaixo da sombra, a lembrança de quando "roubar fruta" era a ordem da vez, tomou-me a mente.


Tínhamos 8 ou 9 anos e não importava se gostávamos ou não de manga, mexirica, limão, laranja, goiaba...O importante era o triunfo de subir na "árvore alheia" e fazer dos frutos colhidos um alimento, um bola de futebol, de betis ou seja lá o que for (limões eram bons para brincar de guerra!!!).


Hoje, ao meio dia, deu saudade daquele tempo. "Lembrei de outras lembranças" que, há tempos, estavam adormecidas: a mandioca frita e o café que a minha avó servia em seu sítio durante as manhãs; o fogão a lenha dela que preparava o melhor arroz doce do centro oeste brasileiro; os doces que minha outra avó - que trabalhava na cantina da escola - dava-me durante os nostálgicos recreios.


Os recreios: eram os minutos mais esperados das manhãs. Nesse pequeno intervalo, nos tornavámos em super heróis invencíveis: Google Five, Changeman  ou Lion Man. Chegava em casa, almoçava, jogava video game, futebol de varanda e a noite esconde-esconde de bicicleta.


Minha irmã tinha uma tal de pentedeadeira que, além de suportar bonecas horripilantes sobre sua superficíe, era repleta daqueles batons (eram batons será?) em forma de uva, morango que eu gostava de comer..hehe!


Lembro-me, ainda, que um dia tentei fazer um buraco no quintal de casa para ver se encontrava as Tartarugas Ninjas num possível túnel que havia por ali.


Hoje, ao meio dia, era um dia quente, seco, empoeirado...onde, ir catar amoras com alguns amigos, trouxe-me tantas lembranças...




Ah, também lembro quando descobri que terra não tinha sabor de chocolate...

Entre ressacas, idéias cambaleantes e promessas!

Tudo bem! Hoje não é segunda-feira - logo, não é o dia no qual estamos acostumados a fazer infindáveis promessas de mudar de vida. Contudo, após uma noite relativamente longa de bebedeira num buteco e, depois,  numa conveniência (digo longa,  porque chegar em casa as 3h da manhã numa quinta-feira e levantar as 7h é tarefa árdua pra caralho), sinto-me na obrigação moral de partilhar algumas promessas comigo mesmo:

1 - beber menos
2 - estudar mais
3 - durmir mais cedo e acordar mais cedo
4 - correr pela manhã (e não pela tarde)
5 - diminuir a conta do buteco
6 - comprar roupas novas
7 - descansar mais nos fins de semana
8 - passar mais tempo em casa
9 - brincar mais com meu sobrinho
10 - completar minha coleção do Pink Floyd
11 - comprar dois livros por mês
12 - lavar a moto a cada 15 dias
13 - manter o quarto organizado
14 - assistir todos os dvd's do Saint Seya (no qual gastei um grana considerável)
15 - assistir mais filmes
16 - arrumar o controle do DVD e do aparelho de som
17 - não quebrar a capinha dos meus CD's
18 - nunca mais fumar quando estiver bêbado
19 - tomar café da manhã em casa
20 - visitar velhos amigos

Bom, são apenas algumas promessas...fora outras que não me vem à mente agora. Mas fico contente se cumprir metade delas...hehe.

E, pra finalizar, deixo um pequeno poema achado hoje, que na verdade foi a inspiração para essas minhas promessas. O poema tem uma estrutura "torta", cambaleante, quase bêbado, que parece expressar nossa dificuldade de se comunicar quando enfrentamos uma épica ressaca. E vamos indo, como diz a autora, entre ressacas e idéias cambaleantes, mas compartilhadas.

RESSACA

Toda segun
da-feira pro
meto não
beber nenhum
gol
e, não botar cig
arro na boca
e comer
menos sal, mais sala
da e ver
dura, fazer
exercí
cio e não atras
ar no trab
alho, cara.

São pro
messas de
fim de sem
ana e iní
cio de outra,
e tudo re
começa.

Não par
o de beber
nem de fu
mar, assim
como te lembro qu
ando res
piro.

Te dei
xar e esque
cer é promessa de segunda-
feira, não cumpro,
mesmo que faça
mal como tu
fezes
fedes,
fazes,
fodes
comigo.

Vera Pinheiro (Poema do Dia)