sexta-feira, outubro 29, 2010

A gente quer um lugar pra gente...

"A gente quer é um lugar pra gente / A gente quer é de papel passado / Com festa, bolo e brigadeiro / A gente quer um canto sossegado / A gente quer um canto de sossego" (O Descobrimento do Brasil, Legião Urbana)


Se a juventude foi contrária a laços sentimentais mais firmes, o passar do tempo trouxe uma solitudine que, encarecidamente, pede uma companhia constante.
Afinal, a gente percebe que os amigos vão embora, alguns atrás de seus amores, outros atrás de sua profissão;
Percebemos, também, que nossos irmãos casam, descasam, voltam pra casa e vão novamente;
Nossos pais envelhecem e, infelizmente, quando nos damos conta da importância de nossos velhinhos, a vida não pede licença para levá-los para outro lugar...
Diante de tanta efemeridade, de ventos que trazem e levam, penso que...
Putz, penso que pensei demais...
Preciso tomar uma cerveja...


sexta-feira, outubro 22, 2010

Se eu pudesse viver minha vida novamente...

O pedagogo, poeta, filósofo e teólogo Rubem Alves refletiu dessa maneira, quando um aluno da UNICAMP lhe perguntou: "Como é que o senhor planejou a sua vida para que cheagasse aonde chegou?":

"Eu estou onde estou  porque todos os meus planos deram errado. As pontes que eu construía para chegar aonde eu queria ruíam uma após outra. Eu era então obrigado a procurar caminhos não pensados. Fui literalmente obrigado a fazer o que não queria.

Por exemplo: meu pai, homem rico, foi à falência. Ficou pobre. Se isso não tivesse acontecido, é provável que hoje eu fosse um rico fazendeiro guiando uma F 1000 e contabilizando cabeças de gado.

Quando me mudei para o Rio de Janeiro, aos 12 anos de idade, menino do interior de Minas com um sotaque caipira, fui objeto de zombarias e chacotas. Nunca me senti tão sozinho. Nunca fui convidado a ir à casa  de um colega...Mas foi esse espaço de solidão na minha alma que me fez pensar nas coisas que de outra forma eu não teria pensado.

Lutei muito para ser pianista. Se tivesse dado certo, eu seria hoje um pianista medíocre. Pianista bom não precisa fazer força. É dom de Deus...

Fui pastor protestante e é provável que, se tudo tivesse acontecido os conformes, eu hoje fosse um clérigo velho. Mas veio o golpe militar, fui acusado de subversivo peas zelosas e bondosas autoridades da igreja. Fui obrigado a me mudar para os EUA, onde fiz meu doutoramento, fiz amigos novos, viajei, conheci lugares, acampei, li e pensei.

Cheguei onde estou por caminhos que não planejei. Nunca me passou pela cabeça que eu seria escritor.

Plantei árvores, tive filhos, escrevi livros, tenho muitos amigos e, sobretudo, gosto de brincar. Que mais posso desejar?"

quinta-feira, outubro 21, 2010

Rapidinha - Piadas de buteco

Quanta maldade...huehueheuheu!!!

quarta-feira, outubro 20, 2010

Instantes...

Lendo o livro de Rubem Alves "Se eu pudesse viver minha vida novamente", encontrei o poema abaixo. Bateu-me uma certa nostalgia de tudo que ainda não fiz...Bom para repensar-nos!!!

INSTANTES
Se eu pudesse viver novamente a minha vida / na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser perfeito; relaxaria mais. / Seria mais tolo do que tenho sido; na verdade,
bem poucas coisas levaria a sério. / Seria menos higiênico.

Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a lugares onde nunca fui, / tomaria mais sorvetes e menos lentilhas,
teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.

Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente
cada minuto de sua vida; claro que tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabes, disso é feita a vida, só de momentos,
não percas o agora.

Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro,
uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas;
se eu voltasse a viver, viajaria mais leve.

Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço
no começo da primavera, e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres
e brincaria com mais crianças, / se tivesse outra vida pela frente.

Mas vejam, tenho 85 anos e sei que estou morrendo...

JORGE LUIZ BORGES , 1986, SUÍÇA.

sexta-feira, outubro 08, 2010

Simplicidade

Dia bom pra um bolinho de chuva, café quente da mamãe, desenho na TV e um livro bom pra ler...

SIMPLICIDADE


Vai diminuindo a cidade / Vai aumentando a simpatia / Quanto menor a casinha / Mais sincero o bom dia

Mais mole a cama em que durmo / Mais duro o chão que eu piso / Tem água limpa na pia / Tem dente a mais no sorriso

Busquei felicidade / Encontrei foi Maria / Ela, pinga e farinha / E eu sentindo alegria

Café tá quente no fogo / Barriga não tá vazia / Quanto mais simplicidade / Melhor o nascer do dia

quinta-feira, outubro 07, 2010

João e a carta!

João acabara de sair da faculdade. Poderia ir embora, mas resolveu tomar sua cerveja no costumeiro buteco. Sozinho e sóbrio, não se animou a chamar alguém. Estigma esse que parece lhe acompanhar. Contudo, não amaldiçoa sua sina. Pelo  contrário, a celebra! E, como um devoto que aceita sua missão, João toma sua cerveja...sozinho!

O clima está agradável! Da sua mochila pega um caderno com as bordas manchadas de café. Arranca uma folha e pensa em escrever algo. Mas o quê? Amor? Não, João não é desses que acredita na pureza desse sentimento, como os românticos costumam poetizar. Amor é interesse mútuo de duas almas solitárias que resolvem brincar juntas, pelo menos por um tempo.

Amor...amor...não vinha outra palavra na cabeça de João. E agora?? João já estava na segunda cerveja e precisava fazer algo para tornar aquele momento solitário mais ameno..."-Vou escrever sobre o amor!"

Inundado pelo sentimentalismo etílico de um bêbado comum, misturando frases de música que jovens gostam de ouvir, criando situações que gostaria de viver, tentando expressar sentimentos que nem acredita que existam, João começo a rabiscar....

Pegou outa cerveja e já com olhares curiosos dos outros bêbados do ambiente, empolgou-se a rabiscar...e rabiscou...

No outro dia, ao acordar, duas folhas amassadas, molhadas (de cerveja, provavelmente) estão na mesa de seu quarto...

João não acreditou que escrevera tudo aquilo... 

segunda-feira, outubro 04, 2010

Práticas orais

Dias atrás, eu e mais alguns amigos, enquanto tomávamos uma boa cerveja, falávamos sobre sexo oral fontes orais nos nossos trabalhos acadêmicos. E como quem trabalha com fontes orais se depara com muitos empecilhos, problemas, falta de sexo oral  fonte para o tema, surgiu entre o intenso debate lamentos comuns do tipo: "-Ah, eu gosto de sexo oral tradições orais, mas é difícil achar uma boa chu@#$da fonte!". Assim, levantamos algumas dicas para fazer com que as pessoas acostumem-se com tais práticas. Contudo, na internet, não achei nenhuma imagem que ilustrasse as - tão importantes - dicas, mas a imagem abaixo pode ser inclusa na estimada lista montada por ilustríssimos butequeiros:



pra quem gosta, fica a dica!

Rapidinha - Deus em seu buteco

sexta-feira, outubro 01, 2010

João no final de expediente

João olha o relógio: 16h26m...30 minutos para acabar o expediente.
Como será que tá o seu buteco?
Muita gente? Pouca gente? Universitários ou os bebinhos de sempre?
Perguntas aterrorizantes, ansiando respostas!
João liga pra um amigo:
"-E ai? Rola uma cerveja agora?"
"-Opa! Demorô!"

E João some na sua moto...

Rapidinha - Em Noite de insônia

Noite com febre e delírios. Nem contar carneirinhos eu consegui...E isso nunca foi meu forte!